A esteatose hepática ou doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado. A estimativa é que 30% da população apresente o problema e que aproximadamente metade dos portadores possa evoluir para formas mais graves da doença.
O aumento de gordura dentro dos hepatócitos (as células que formam o fígado), constante e por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves como cirrose hepática e até câncer.
Existem dois tipos de doença hepática gordurosa não-alcoólica:
• Fígado gorduroso não-alcoólico: uma condição geralmente benigna em que há infiltração de gordura, mas sem inflamação;
• Esteatohepatite não-alcoólica (NASH), na qual há infiltração de gordura junto com inflamação do fígado.
A causa exata da NASH é desconhecida. No entanto, é observada com mais frequência em pessoas com certas condições médicas:
• diabetes (75% das pessoas com NASH tem diabetes);
• obesidade (mais de 70% das pessoas com NASH são obesas);
• resistência à insulina (conhecida como pré-diabetes);
• hiperlipidemia (20-80% das pessoas com DHGNA tem triglicerídeos altos e/ou colesterol alto);
• uso de medicamentos (vários medicamentos usados para tratar outras condições médicas foram associados à NASH, incluindo remédios para arritmia e corticoesteroides, por exemplo).
Num número bem menor de casos, pessoas magras, que não ingerem bebida alcóolica, e não têm alterações de colesterol e glicemia, podem desenvolver quadros de esteatose hepática.
A esteatose hepática não causa sintomas. Os pacientes referem uma sensação geral de mal-estar e um vago desconforto no abdome superior direito (no início do abdome, logo embaixo da costela), embora não esteja claro se esses sintomas estão relacionados à NASH.
A maioria das pessoas tem entre 40 e 60 anos, embora a condição também possa ocorrer em crianças com mais de 10 anos. A esteatohepatite não-alcoólica (NASH) é vista com mais frequência em mulheres do que em homens.
O diagnóstico é mais frequentemente descoberta após exames de sangue de rotina demonstrarem as enzimas do fígado alteradas. Os níveis de duas enzimas hepáticas, aspartato aminotransferase (AST ou TGO) e alanina aminotransferase (ALT ou TGP) estão elevados em cerca de 90% das pessoas com NASH. Os exames de imagem como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética conseguem revelar acúmulo de gordura no fígado. Uma biópsia do fígado pode ser necessária para confirmar NASH se outras causas de doença hepática não puderem ser excluídas.
Não há cura para a NASH. O tratamento visa controlar as condições associadas à NASH, como obesidade, diabetes e hiperlipidemia. Algumas medidas são indispensáveis para prevenir o acúmulo de gordura no fígado ou para reverter o quadro já instalado. Esteja atento às medidas da circunferência abdominal, restrinja o consumo dos carboidratos refinados e das gorduras saturadas. Substitua esses alimentos pelos integrais e por azeite de oliva, peixes, frutas e verduras. Procure manter o peso dentro dos padrões ideais para sua altura e idade, mas cuidado com as dietas radicais, que provocam emagrecimento muito rápido, pois podem piorar o quadro.
Não deixe de procurar seu médico para te auxiliar nos cuidados com sua saúde!
Até breve!!
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